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Digitalizar a economia apoiando as empresas

Empresas que estejam preparadas para a revolução 4.0 são empresas mais coesas e resilientes. A economia nacional agradece.

O advento da Indústria 4.0 exige às empresas nacionais que se atualizem, para estarem preparadas para as oportunidades e desafios que a digitalização e a globalização trazem. Os números são claros e mostram um enorme atraso no tecido empresarial português: segundo os últimos dados do Eurostat sobre o uso de tecnologia nas empresas, quase 80% das maiores empresas nacionais estão na cauda da digitalização.

Assim, o objetivo da componente Empresas 4.0, inserida na dimensão Transição Digital do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), é reforçar a digitalização das empresas e recuperar o atraso face ao processo de transição digital. Estudos de mercado apontam para que esta caminhada resulte num aumento de ganhos na receita e na eficiência e numa redução significativa dos custos. Os benefícios são claros, para as empresas e para a economia.

Em abril de 2020, o Plano de Ação para a Transição Digital (PATD) definiu uma estratégia transversal para a aceleração digital de Portugal, posicionando-o como um país competitivo, inovador e coeso. Este Plano foca-se na transformação digital do setor empresarial, na digitalização do Estado e na capacitação e inclusão digital das pessoas, através da educação. O PRR reviu e atualizou o PATD, criando a reforma da Transição Digital do tecido empresarial. Digitalizar a economia e a sociedade, ao mesmo tempo que se combate o desemprego e se cria mais emprego qualificado são alguns dos objetivos definidos.

Em portugal, quase 80% das maiores empresas nacionais estão na cauda da digitalização, tornando-as vulneráveis num contexto de globalização e revolução 4.0

Estes investimentos, desenvolvidos com base no PATD, visam reforçar as competências digitais da população ativa empregada e aprofundar e inovar nas respostas de formação profissional. Pretendem também transformar os modelos de negócios das empresas para aproveitar ao máximo a tecnologia, além de viabilizar a integração da tecnologia nas empresas através da inovação, confiança, segurança e redução de custos de contexto. Segundo o PRR, estas condições são “necessárias para que os investimentos efetuados diretamente nas empresas sejam eficazes, eficientes e os seus efeitos perdurem no tempo”.

Com uma dotação global de 52,5 milhões de euros, pretende-se a constituição de Bairros Comerciais Digitais, destinados a promover a incorporação de tecnologia nos modelos de negócio das empresas. Este programa possibilitará o acesso a diferentes tipologias de investimento. Os apoios, sob a forma de subvenção (a fundo perdido), destinam-se a autarquias, associações empresariais ou, preferencialmente, consórcios formados por associações empresariais e autarquias.