Transformar o Concelho com o desenvolvimento do tecido empresarial e a afirmação de uma comunidade com identidade

1. Quais são as preocupações climáticas prioritárias para o seu município?

A adaptação às alterações climáticas exige um esforço de todos. Cabe-nos incentivar novas práticas e criar condições para melhorar o desempenho ambiental coletivo. Pretendemos incentivar a criação de comunidades de energia, sobretudo entre empresas, que são também convocadas a explorar as potencialidades da economia circular. Estamos ao lado da indústria e da logística, por exemplo, na criação de um grande bio cluster no sul do concelho, ligado à produção de microalgas, com reduções importantes nas faturas ambientais e energéticas. Queremos alargar a rede de carregamento de veículos elétricos no concelho, facilitar a partilha da mobilidade suave e multiplicar a arborização dos nossos núcleos urbanos, como forma de criar maior conforto climático nas cidades e vilas.

2. Quais os aspetos sociais e económicos do seu município que requerem ou irão requer mais resiliência?

Na prossecução de uma sociedade mais justa, queremos implementar políticas sociais que defendam as pessoas mais vulneráveis, através de ações e projetos que promovam e garantam o acesso à educação, à saúde, à habitação, ao trabalho, ao lazer e a serviços públicos de qualidade, a todas e a todos. Simultaneamente, o concelho de Vila Franca de Xira requer de resiliência urbana na qualificação do seu modelo do Habitat e melhoria da qualidade de vida, reequilibrando e dando coesão urbanística em todas as freguesias. Seremos igualmente resilientes na criação de condições que reposicionem a base económica do concelho, tanto a nível empresarial como logístico. É o caso da Plataforma Logística Lisboa Norte que, beneficiando de uma localização e vias de transporte privilegiadas, apresenta um enorme potencial para se tornar num dos maiores centros de distribuição em Portugal.

3. Como se transita para um município verdadeiramente digital?

Pretendemos constituir no concelho de Vila Franca de Xira o conceito de Smart Cities que transcende o investimento isolado em tecnologias digitais para melhor fruição dos recursos. A transição para este novo paradigma significa também uma administração municipal mais interativa e responsiva, nomeadamente por intermédio de plataformas de open source data que disponibilizem dados sobre a performance do Município que constituam suporte a decisões urbanas, económicas e sociais. Por isso, estamos já a trabalhar para criar um centro integrado da gestão dos sistemas urbanos e proteção civil e a colaborar, por exemplo, com o Município de Matosinhos para a partilha de data-centers, que garantem ganhos económicos e melhores decisões na administração pública.